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Cercear a Lava Jato é o objetivo maior dos investigados Renan e Jucá que, ao perceberem que serão os próximos, novamente, articulam o andamento de mais uma tentativa do mesmo golpe, como um dos últimos recursos de defesa contra a implacável ação da Lava Jato.
Dessa vez, Romero Jucá anuncia votação para o próximo mês, do projeto que altera a lei de abuso de autoridade, como se esse fosse o problema do Brasil, ignorando o abuso da corrupção como instrumento de destruição da Nação.

Romero Jucá – o desespero de ser um dos próximos da lista
Senado vai retomar projeto sobre abuso de autoridade
O projeto que altera a lei de abuso de autoridade voltará a ser discutido e votado no Senado no próximo mês, segundo afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente da comissão especial e relator da proposta. O projeto de lei é alvo de questionamentos de integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato e entidades representativas do Judiciário e do Ministério Público, que veem nas medidas uma forma de cercear as investigações.
A proposta de 2009 foi desengavetada em junho deste ano pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Diversos pontos do projeto estão em sintonia com queixas de parlamentares sobre os métodos de investigação da Lava Jato.
Entre as medidas passíveis de punição a agentes públicos estão, por exemplo, a publicidade da investigação antes da ação penal instaurada ou o constrangimento causado por depoimento sob ameaça de prisão.
Investigadores e juízes apontam nestes casos ameaça a delações premiadas e à ampla divulgação das apurações, características da operação que tem como origem a investigação de esquema de desvios na Petrobras.
O procurador da República Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato, disse ser “favorável à modernização da lei de abuso de autoridade”, mas fez ressalvas à proposta em discussão no Congresso. “O conteúdo, a forma e a celeridade da proposta abrem espaço para a compreensão de que é uma reação contra grandes investigações, como a Lava Jato”, afirmou. “As regras do projeto permitem que sejam interpretadas para punir policiais, procuradores, promotores e juízes que desempenham seu trabalho de modo legítimo.”

Senador Romero Jucá (PMDB-RR)