O desequilibrado “Trump tupiniquim” já faz ameaças para 2022 e Barroso reage

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O Ministro Luis Roberto Barroso afirma que Bolsonaro contribui para ‘ilegítima desestabilização das instituições’

Depois que Trump foi para o lixo da história, seu seguidor inveterado afirma que se não tiver voto impresso em 2022, no Brasil “vamos ter problema pior”, referindo-se ao maior ataque à democracia ocorrido nos Estados Unidos.

Ministro Luís Roberto Barroso

Bolsonaro segue cada passo de Trump, mantendo seus seguidores fanáticos da mesma forma, assim como foram preparados os cães raivosos que cometeram um verdadeiro ato terrorista no Capitólio.

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, afirmou neste 7 de janeiro que as declarações de Jair Bolsonaro de que houve fraude nas eleições de 2018 contribuem para a “ilegítima desestabilização das instituições”.

Barroso disse que a “vida institucional não é um palanque e as pessoas devem ser responsáveis pelo que falam”.

“Se alguma autoridade possuir qualquer elemento sério que coloque em dúvida a integridade e a segurança do processo eleitoral, tem o dever cívico e moral de apresentá-lo. Do contrário, estará apenas contribuindo para a ilegítima desestabilização das instituições”, afirma o magistrado.

Assim como Donald Trump, Bolsonaro não apresenta provas de suas afirmações, prometidas desde março de 2020 de que teria sido eleito no primeiro turno em 2018. Como sempre, faz afirmações vazias de veracidade e nunca cumpre suas promessas, como essa de apresentação das provas.

​Barroso condenou, ainda, a afirmação de Bolsonaro de que, se não tiver voto impresso nas em 2022, “o problema será pior”.

“Por fim, uma importante lição da história é a de que governantes democráticos desejam ordem. Por isso mesmo, não devem fazer acenos para desordens futuras, violência e agressão às instituições”, afirmou o ministro.

Barroso criticou duramente a invasão do Capitólio e classificou como “atos de incivilidade e de ataque às instituições”. Segundo o ministro, os invasores do Congresso americano são “extremistas inconformados com a derrota”.

O ministro acrescentou: “rito vital da democracia e não aceitá-la é vício dos espíritos autoritários, que não respeitam as regras do jogo”.

Chefes de Estado de todo o mundo se pronunciaram, condenando o ato ocorrido no Capitólio, exceto Jair Bolsonaro, que reforçou a versão absurda de fraude nas eleições americanas, como quem aprova e aplaude o ato terrorista que resultou em 4 mortes e representou um duro golpe na maior democracia do planeta.

Por meio de nota, o presidente do TSE também defendeu as urnas eletrônicas e afirmou que o sistema é auditável e fiscalizável, diferentemente do que afirma Bolsonaro.

“Cabe lembrar que, nos Estados Unidos, existe o voto impresso, o que não impediu o ajuizamento de dezenas de ações para questionar o resultado eleitoral, todas sem êxito. Tudo o que não se precisa no Brasil é a judicialização do processo eleitoral”, afirmou o Ministro.

Segundo Barroso, as urnas não têm conexão com a internet, o que as torna “imunes a ataques hackers”.

“Nunca se apresentou perante o TSE qualquer evidência ou mesmo indício de fraude. No Brasil, fraude havia no tempo do voto em cédula, o que está vastamente comprovado nos registros históricos”, assinalou.

Ele ainda lembrou que o voto impresso não é possível de ser implementado no Brasil por decisão do STF, que o declarou inconstitucional por unanimidade.

“O Tribunal concluiu que a impressão colocaria em risco o sigilo e a liberdade de voto, além de importar em um custo adicional de quase R$ 2 bilhões, sem qualquer ganho relevante para a segurança da votação”.

A ameaça de se utilizar a 25a. Emenda, prevista na Constituição americana, pode, talvez, inspirar outros poderes no Brasil, para que não se chegue no mesmo ponto que chegou os Estados Unidos, pois, lá, tudo começou com os mesmos métodos utilizados pelo chefe do executivo daqui, o que representa séria ameaça a este país que já sofre com a pandemia e omissão do governo em inúmeros setores.

Da Redação O Estado Brasileiro
Fontes: Estadão / Folha / mídia televisiva